Amanhã o carro do meu marido vai ser abatido.
Eu sei que estava velho, miseravelmente velho e que o único extra que aquele carro tem é o cinzeiro, mas estou triste.
Aquele carro simboliza um tempo que não volta mais. Foi nele que fui fazer muitas orais, aos vómitos, até ao Porto. Foi nele que fomos acampar, foi nele que falamos, discutimos, resolvemos e namoramos muito. Foi naquele carro que saímos os dois juntos e sós da igreja no dia do nosso casamento.
Aquele carro, mais difícil de conduzir que um TIR, nunca deu grandes problemas. Sempre sujo e cheio de migalhas, mesmo sem gasolina ele andava, tal era o hábito...
Eu não sei muito bem qual é o procedimento do abate. Não sei se aproveitam as peças ou se vão por o carro amassadinho em forma de cubo. Mas de uma coisa tenho a certeza, quando chegar o novo, não vou conseguir olhar logo de frente para ele...É que não se esquece um ex, assim de um momento para o outro.
PS- ao fecho deste post chegou às minhas mãos, um postal da madeira de 1997 de uma amiga que ia fazer 18 anos. A minha capa preta da universidade, com o orçamento do meu casamento, um livro do Kafka e um almanaque Disney...
Eu sei que estava velho, miseravelmente velho e que o único extra que aquele carro tem é o cinzeiro, mas estou triste.
Aquele carro simboliza um tempo que não volta mais. Foi nele que fui fazer muitas orais, aos vómitos, até ao Porto. Foi nele que fomos acampar, foi nele que falamos, discutimos, resolvemos e namoramos muito. Foi naquele carro que saímos os dois juntos e sós da igreja no dia do nosso casamento.
Aquele carro, mais difícil de conduzir que um TIR, nunca deu grandes problemas. Sempre sujo e cheio de migalhas, mesmo sem gasolina ele andava, tal era o hábito...
Eu não sei muito bem qual é o procedimento do abate. Não sei se aproveitam as peças ou se vão por o carro amassadinho em forma de cubo. Mas de uma coisa tenho a certeza, quando chegar o novo, não vou conseguir olhar logo de frente para ele...É que não se esquece um ex, assim de um momento para o outro.
PS- ao fecho deste post chegou às minhas mãos, um postal da madeira de 1997 de uma amiga que ia fazer 18 anos. A minha capa preta da universidade, com o orçamento do meu casamento, um livro do Kafka e um almanaque Disney...
6 comentários:
Olá!
Que pena, deixa sempre saudades!
Beijinhos
Eu conheço essa sensação, mandei abater um carro que era dos meus pais mas no qual comecei a conduzir aos 18 e no qual me desloquei durante os anos da faculdade... E ainda hoje tenho saudades do meu primeiro carro, um lancia y elefantino blue preto com os estofos vermelhos fofissimo, comprado com o meu dinheirinho quando comecei a trabalhar! Somos umas nostálgicas :)
O meu foi no domingo para o abate...O meu boguinhas... O meu Ovo... Tb me sinto um bocadinho assim mas o meu ao contrário do vosso estava a começar a dar problemas... Dos 9 anos que têm, 7 passou-os a fazer 100 km por dia... Tava cansado como é normal...
Tantas coisas do antigamente. Que sorte. Recordar e tao bom... Acho bem que nao te tenhas esquecido de lhe tirar a ultima fotografia...
hahahahhahaha
peço desculpa, mas não consegui deixar de rir, tal a genialidade do post. Mas eu sei o que é isso. Já me aconteceu. Mas quando se sentir o cheiro a novo dos interiores, as mágoas esvoaçam...
Concordo em absoluto com Disse não há nada como o cheiro de um carro novo, adoro!
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