domingo, 5 de dezembro de 2010


No nascimento e na morte, unimo-nos. Juntos celebramos. Com lágrimas, sorrisos, abraços, oramos.
Hoje percebi a celebração da morte. Percebi que na morte celebramos a vida. A vida que foi vivida, que passou, que deixou marcas. Percebi que para além da dor e de tudo o que implica ficarmos privados de alguém, sobressai em nós a excelência de termos partilhado a vida.
É nestes momentos que percebemos a importância do caminho e daquilo que plantamos por onde passamos. Apesar de tantas pessoas já terem partido, só hoje descobri isso. Acho que foi porque das outras vezes, só pensava em mim.
Hoje, o distânciamento trouxe-me a clareza e a clareza a emoção.

6 comentários:

Malena disse...

É preciso perdermos alguém importante para nós para percebermos quanto de bom tivemos dessa pessoa. é preciso, também, sermos mais velhos, mais maduros...

Ritinha disse...

Estas bem?

Pintas disse...

a vida tem destas coisas....

António R. disse...

Já lidei com a morte de entes queridos por diversas vezes. Aprendi contudo há muitos anos com um amigo meu do Equador, que perdeu um filho de tenra idade vitima de uma infecção pulmonar súbita, que Deus é como um agricultor, só colhe os seus frutos quando estão maduros.
Abraço.

Ana disse...

Olá!
É o que me vem à memória quando penso nas pessoas que amei e que já partiram: a sorte que tive por terem feito parte de mim!!
beijinhos

momentos disse...

"O distanciamento trouxe-nos a clareza e a clareza a emoção!..."

Deu para pensar sobre a diferença entre o Ter e o Ser...e que bom seria se além de nós, outros refletissem sobre isso...

Muito bonita esta reflexão, que além de vivida foi sentida!